Ando devagar - II
Mais uma peça popular para a coleção das canções sem V – I é a bela Green eyes, do Coldplay. Mais uma vez (como Songbird que mencionei no outro post) eu a conheço por ser muito ouvida pela minha irmã.
Green eyes usa basicamente I, V e II. I – V acontece bastante, mas não V – I, como disse.
Devo confessar algo: ouvi algumas vezes esta música, a vez mais recente foi já há alguns dias; mas não a ouvi para escrever o post. Ela realmente fica demais na cabeça, e se eu a ouvir agora ela vai ficar tocando por dias, e eu gostaria de evitar isto. Por esta razão apenas conferi alguns sites de cifras para pensar apenas nos acordes.
Alguns sites dão cifras simples; o primeiro que vi se restringe a A, E e Bm (respectivamente o I, o V e o II de que falei). Alguns incluem uma décima primeira nesse II (Bm11). Perdoem-me, não vou confirmar na gravação original agora... talvez uma outra hora eu volte ao assunto.
Mas o que importa é que não tem V – I, então é mais uma para a até agora pequena coleção.
E por falar em ficar com música na cabeça, fiquei com duas nos dias recentes. Duas que andei ouvindo da Agnetha, mais conhecida como “a loira do Abba”, de sua carreira solo cantando em sueco antes da banda. As canções se chamam Nu ska vi opp, opp, opp e Försonade. Ambas têm numerosos V – I... A segunda é uma dessas baladas dos anos 60 em compasso 6/8, das quais algumas são bonitas e outras não; Försonade é belíssima. Nu ska vi opp, opp, opp também é bonita e deve haver nela algo de meio folclórico. Minha falta de elementos para analisar música popular fica evidente aqui. É rápida, alegre e em compasso 3/4, o que refresca os ouvidos da eterna marcha binária da música pop. No clipe, Agnetha, com uns dezoito anos, anda com uns aviadores, até partir pilotando um avião no fim da música que dura um pouco menos que dois minutos.
Ah, sim, e antes que me esqueça, preciso anotar uma das regras que coloquei para constituir esta coleção de canções sem V – I: não vale música de harmonia complexa como a de Tom Jobim (ou como é a de Tom Jobim em geral), embora eu talvez quebre a regra de vez em quando se pensar em alguma canção particularmente bonita. Mas a idéia é pensar em canções que usem acordes simples, tanto nas funções como na estrutura (número de terças), ou que tenham esta “simplicidade” em pelo menos um desses elementos.
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