domingo, novembro 23, 2008

Opus

“Meu compositor preferido é Opus”, diz uma frase supostamente encontrada numa prova de aptidão em Música. Já não sei se acredito nessas frases, sejam as encontradas em provas de Música, sejam as do vestibular comum, mas elas são mesmo bem divertidas (continuo rindo do que escreveu que a Aids é transmitida pelo mosquito Aides egípcio); só lamento um pouco que elas sejam sempre chamadas de “pérolas”, porque no fim “pérola” vai servir só para designar frase imbecil, e não mais aquelas bolas bonitas que as ostras fazem.

Mas, então; “Opus”, além de ser o compositor preferido da lenda, me parece um modo muito prático de catalogar a obra de um compositor, ajuda muito na organização. Já pensei muito em adotar número de opus para a minha música e, recentemente, fiz uma lista. No século XX só os “clássicos” ainda usaram, como Webern. Nem Stravinsky. Alguns têm uma ou outra peça com número de opus, mas depois eles somem – acontece com Arvo Pärt, que nasceu em 1935; depois das Sonatinas op.1, Meie Aed op.3, Nekrolog op.5, Diagramas op.11, Musica syllabica op.12, nenhuma peça do catálogo atual tem número de opus. E os que sobraram pulam vários números.

Sempre se usa alguma numeração; mesmo quando um jornalista vai escrever sobre o mais recente incrível disco pop que vai mudar o mundo, ele escreve que é o terceiro, ou quinto, ou sétimo “álbum da banda”. Ah, e os filmes? De volta para o futuro I, Rambo II, Rocky III... ajuda muito. Sem contar que na própria música é comum usar o número do opus mesmo quando se sabe o ordinal. É incômodo falar “Sonata nº15” de Beethoven.

*

Bom, muito bem, tudo isso para dizer que agora uso números de opus e me sinto mais organizado. Há poucos dias terminei o Livro de joaninhas op.58, para piano.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial