sábado, janeiro 24, 2009

Festa da Conversão de São Paulo


No Mosteiro de São Bento de Jundiaí-SP, às 18h do dia 24.1.2009.


Entrada - Hino “Ó Paulo mestre dos povos” (melodia de Alfredo Votta, hino das Laudes da Festa da Conversão de São Paulo)

Introito - em português, segundo o Graduale Romanum (Alfredo Votta): “Sei em quem acreditei…” [2Tm 1, 12; 4, 8]

Ato Penitencial - de Jeff Ostrowski [Kyrie D. Bosco]

Glória - responsorial, em português (Alfredo Votta); refrão “Glória (…) por ele amados” adaptado do Gloria V do Kyriale

Salmo responsorial - segundo o Lecionário, no tom 5 [Sl 116]

Alleluia - de Alfredo Votta

Versículo do Alleluia - segundo o lecionário (Alfredo Votta) [Jo 15, 16]

Ofertório - segundo o Graduale [Sl 138, 17] (”Ó Deus, como são insondáveis…”)

Ofertório - Hino “Ao peso do mal vergados” (melodia de Alfredo Votta, hino do Ofício das Leituras da Festa da Conversão de São Paulo)

Sanctus - em português [não conheço o autor]

Grande Amém - de Jeff Ostrowski

Agnus Dei - Cordeiro de Deus em português [não conheço o autor]

Comunhão - em português, de Alfredo Votta, segundo o Missal [Gl 2, 20 com versículos do Salmo 88] (”Vivo da fé no Filho de Deus…”)

Ação de Graças - Dois versetos de Abraham van den Kerckhoven (1618-1701) [instrumental]

Ação de Graças - Hino “Concelebre a Igreja cantando” (melodia de Alfredo Votta, hino das Vésperas da Festa da Conversão de São Paulo)

Recessional - “Ad te” da “Salve Regina” de Kerckhoven [instrumental]


      

quinta-feira, janeiro 22, 2009

O que você faz não é centonização?


Pode ser que sim.


Escrevi há alguns dias num post que baseio algumas composições litúrgicas no contorno melódico de melodias gregorianas.


Isso, de alguma maneira, poderia ser chamado de centonização, que é o processo de juntar fragmentos melódicos do repertório para montar uma nova peça. O cânon gregoriano traz em si muitas composições criadas dessa forma.


Apenas não chamei de centonização o que faço porque este nome está reservado para um procedimento que aconteceu historicamente e, portanto, não serei eu a usar esta palavra para o que eu mesmo faço… Mesmo assim, outra pessoa poderá usar a palavra, e o “meu” método veio da ideia de seguir essa tradição.


      

sábado, janeiro 10, 2009

Festa do Batismo do Senhor


No Mosteiro de São Bento de Jundiaí-SP, às 18h do dia 10.1.2009.


Entrada - Hino “Hoje é dia”

Introito - em português, segundo o Graduale Romanum (Alfredo Votta)

Ato Penitencial - recitado

Glória - responsorial, em português (Alfredo Votta); refrão “Glória (…) por ele amados” adaptado do Gloria V do Kyriale

Salmo responsorial - segundo o Lecionário, no tom 8

Alleluia - do Graduale simplex, no modo 7

Versículo do Alleluia - segundo o lecionário (Alfredo Votta)

Aspersão da água benta - Asperges (gregoriano, modo 7)

Ofertório - Hino “De noite enquanto a cidade”

Sanctus - em português [não conheço o autor]

Grande Amém - de Jeff Ostrowski

Agnus Dei - Cordeiro de Deus em português [não conheço o autor]

Comunhão - em português, de Alfredo Votta, segundo o Graduale Romanum: Gal 3, 27 (”Todos vós que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo”) - alternando com versículos em português (Sl 28, 4.3.1.2)

Ação de Graças - Magnificat do quarto tom (Diruta) e Magnificat (ré maior) de Dandrieu

Saída (recessional) - Duo (em sol menor, de Dandrieu)


      

sábado, janeiro 03, 2009

Modelação de melodias originais por melodias gregorianas


Os primeiros próprios que escrevi para a Liturgia e efetivamente utilizei são os da Solenidade da Imaculada Conceição (8 de Dezembro). Eu os modelei parcialmente pelas suas respectivas melodias gregorianas do Graduale Romanum.


Por que não utilizar as próprias peças do Gradual? Por vários motivos:


1. Sendo eu a cantar estes próprios, é necessária música que eu possa cantar razoavelmente, e os próprios gregorianos ainda são um pouco difíceis para mim, com exceção as antífonas de comunhão.


2. Para usar a língua portuguesa. Muito latim é mal recebido pelos fiéis, e o aumento do seu uso deve ser gradual.


3. Como uma espécie de “bônus”, escrevo acompanhamento de órgão para as melodias que componho, enquanto as peças gregorianas, a rigor, não deveriam ser acompanhadas; quando se as canta com órgão, há sempre a vozinha purista na cabeça dizendo “não faça isso”.


Quanto à modelagem das minhas melodias pelo canto gregoriano, isto satisfaz um critério dos documentos da Igreja; cria uma relação do próprio material com uma fonte litúrgica; e também me proporciona um ponto de partida, sem que eu precise começar do zero (embora eu também goste de fazer isto).


Escrevi, então:


Introito para a Imaculada Conceição da Virgem Maria - depois de um esboço muito ruim de melodia própria, parti da melodia do Graduale (”Gaudens gaudebo”) e escrevi um introito não muito ruim, embora não me tenha satisfeito. Na Missa eu toquei um hino mariano na Entrada, sem Introito (há pouco adotei o costume de tocar um hino e o introito). Foi melhor assim: passada a Solenidade, reformei a melodia e fiquei mais feliz com o resultado. Assim como o gregoriano, minha melodia está no modo frígio.


Ofertório para a Imaculada Conceição - é o texto da Ave Maria, até “entre as mulheres”, mais a palavra “Alleluia”. Usei-a na Missa e fiquei satisfeito com ela. Também foi parcialmente modelada pela melodia do Gradual, no modo 8.


Comunhão para a Imaculada Conceição - também foi utilizada na Missa. No modo 8, hipomixolídio, assim como a antífona “Gloriosa dicta sunt” do Gradual; entretanto, não usei o texto do Gradual, e sim o do Missal (”Todas as nações cantam as vossas glórias, ó Maria”).


A Missa seguinte em que toquei foi a do Natal do Senhor, na Missa do Dia. Utilizei as três antífonas que escrevi:


Introito para o Natal do Senhor - o conhecido “Puer natus est nobis”, no sétimo modo, foi minha base para escrever a melodia para o texto em português, “Um menino nos é dado”, cujo texto é do profeta Isaías. Conservei a quinta inicial, característica dos cantos que anunciam um acontecimento importante como o nascimento do Senhor ou a sua Ascensão.


Ofertório para o Natal do Senhor - o Graduale prescreve “Tui sunt caeli”, no quarto modo. Utilizei o mesmo texto (”Vossos são os céus e também a terra, vós que criastes o globo e tudo o que ele contém”), mas escrevi uma melodia de modo livre, no modo eólio.


Comunhão para o Natal do Senhor - também foi escrita livremente, embora eu encontre, enquanto comparo, alguma coincidência casual com a melodia gregoriana. O texto é o mesmo: “Viderunt omnes” em latim, “Os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus” em português. Aquela está no primeiro modo, enquanto na minha melodia usei hipomixolídio.


Dois dias depois, na Festa da Sagrada Família, sendo Sábado, utilizei os hinos comumente usados no Natal naquela igreja específica. Entretanto, após o hino da entrada, inseri a antífona do introito cantada numa variação do sexto tom. Na comunhão, omiti o hino comumente cantado, o que considero melhor já que cada fiel que comunga para de cantar, tornando desnecessária a insistência num hino de comunhão. Terminada a distribuição das hóstias, segui para um hino de ação de graças, “Noite feliz”, no caso, o que me pareceu melhor.


Comunhão para a Festa da Sagrada Família - seguindo o texto do Gradual (Lc 2, 48.49: “Meu filho que nos fizeste?”), escrevi livremente uma melodia no mesmo modo (primeiro) da antífona gregoriana.


Na Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de Janeiro), escrevi também as três antífonas. O introito de forma livre, musicando duas vezes a antífona, terminando no modo eólio. O ofertório, “Sois feliz, Virgem Maria”, foi modelado na antífona correspondente do gradual, “Felix namque es”, no mesmo modo (primeiro). O mesmo para a antífona da comunhão, “Exulta, filha de Sião”, no modo 4.


Nesta Solenidade escrevi uma melodia própria para o versículo do Alleluia, diferentemente das outras Missas, em que o cantei a um tom salmódico. Eu a baseei num responsório da Liturgia das Horas, “Descendit Iesus cum eis et venit Nazareth”, da Festa da Sagrada Família. Tanto o responsório como a melodia que escrevi estão no oitavo modo, adequando-se assim ao Alleluia no oitavo modo que venho usando desde o Natal. Quis escrever uma melodia mais florida para o Alleluia desta Missa, mas a multiplicação de melismas não estava me agradando. Se um dia eu puder cantá-los decentemente, quem sabe possa usá-los -)


      

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus


No Mosteiro de São Bento de Jundiaí-SP, às 18h do dia 1.1.2009.


Entrada – hino “Com minha Mãe estarei”

Introito – português – “Salve, Santa Mãe de Deus” (Alfredo Votta)

Kyrie – português – de Jeff Ostrowski

Glória – responsorial, em português (Alfredo Votta), refrão adaptado do Gloria V do Kyriale

Salmo responsorial – modo 8 – “O Senhor nos dê a sua graça e a sua bênção” – de acordo com o Missal

Alleluia – do Graduale simplex, no modo 7

Versículo do Alleluia – em português (Alfredo Votta) – “De muitos modos”

Ofertório – português – “Sois feliz, Virgem Maria” (Alfredo Votta), texto de acordo com o Graduale Romanum

Ofertório – hino “Inviolata” (latim)

Sanctus – da Missa IX do Kyriale (latim)

Grande Amém – de Jeff Ostrowski

Agnus Dei – da Missa IX do Kyriale (latim)

Comunhão – em português (de Alfredo Votta) – “Exulta, filha de Sião” [e também gregoriano “Exsulta fília”, do Graduale Romanum]

Versículos da Comunhão – do Salmo 44, em português, no modo 4g

Ação de Graças – “Magnificat do quarto tom” – Girolamo Diruta (1554-?>1610) [instrumental]

Ação de Graças – hino “Louvando a Maria”

Ação de Graças – hino “Noite Feliz”

Recessional – “Grand jeu” da Suíte do terceiro tom – Jean-Adam Guilain [Jean Adam Guillaume Freinsberg] (1680-?>1739)