Os tais dos momentos
É verdade, em Novembro eu ia escrever um post só para não ficar vazio e o mês não ficar ausente dos arquivos. Mas ficou. De uns anos para cá é comum em blogs que alguns meses fiquem fora dos arquivos. Então desta vez a seqüência é assim: Outubro de 2007 – Dezembro de 2007.
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Tinha até um assunto. Era o seguinte: pessoas que falam em “aproveitar o momento”, ou “viver o momento”. Perdoe-me se você é assim, mas gente que fala isso me dá um pouco de medo. Parece que de uma hora para outra a pessoa vai se entediar da minha presença e vai embora, porque já passou o tal do momento. Parece que a pessoa não se importa com nada – eu sei que não é assim, mas é a impressão que dá. Fica até parecendo que a pessoa nunca tem saudades nem tristeza de nada. De nada.
Argh, acho que perdi a prática de escrever, se é que já a tive, ou então estou ansioso demais para conseguir dizer o que estou tentando dizer.
Já aconteceu; eu falei alguma sobre a vida eterna, sobre tentar ser bom, e me responderam, como se não me houvessem escutado: “sim, o importante é viver o momento...”. Puxa vida.
Não, não, eu não discordo da idéia de que é bom e importante se concentrar. Já fui aconselhado: quando estiver penteando os cabelos, concentre-se em pentear os cabelos e apenas nisso; quando tocar, apenas toque etc. Sim, isso é muito bom. Mas estou falando de outra coisa: não consigo ter a frieza de ignorar coisas passadas, dizendo que foram “momentos” e que eu os aproveitei. Comigo tudo continua acontecendo para sempre.
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